Manufatura sustentável na Amazônia

Você já deve ter ouvido falar sobre vários aspectos relacionados à sustentabilidade, certo? Mas você já parou para pensar em como a tecnologia está impulsionando a manufatura sustentável na Amazônia? No mês em que celebramos o dia da Amazônia, viemos te contar um pouco mais sobre isso!

A Amazônia é um verdadeiro espetáculo de biodiversidade, recursos naturais e cultura, mas é também um cenário de muitos desafios. E um dos aspectos mais fascinantes nessa história – além da riqueza ecológica – é como a tecnologia está sendo utilizada para impulsionar uma manufatura mais sustentável, equilibrando crescimento econômico e preservação ambiental.

A tecnologia permite às indústrias planejarem e executarem suas operações com mais eficiência, reduzindo o desperdício de recursos e minimizando o impacto ambiental:
A otimização logística garante que a produção flua com menor emissão de carbono, utilizando rotas e métodos mais eficientes para transporte de matérias-primas e produtos. A simulação computacional prevê os impactos ambientais de diferentes práticas produtivas, permitindo que as empresas tomem decisões mais informadas para utilizar os recursos naturais da Amazônia, evitando práticas prejudiciais ao ecossistema – Esse tipo de simulação já está sendo aplicado em setores como o da exploração madeireira sustentável, ajudando a proteger a floresta ao mesmo tempo que gera empregos e renda para as comunidades locais;

As energias renováveis, como a solar e a eólica, revolucionam as operações fabris devido à abundância desses recursos naturais na região, tendo o potencial de se tornar um exemplo global de manufatura verde – Fábricas já operam com a integração de energias renováveis em sistemas produtivos na região, reduzindo drasticamente as emissões de carbono.

Essas inovações não são apenas tecnologias de produção – elas são facilitadoras da sustentabilidade e preservação ambiental. Além de transformar o setor industrial, muitas dessas soluções podem ser adaptadas para o uso cotidiano, ajudando a melhorar a qualidade de vida das comunidades locais e contribuindo para um futuro mais verde e sustentável.

Customização em Massa

A customização em massa na Indústria 4.0 representa uma revolução na forma como produtos são fabricados, desafiando os métodos tradicionais, alterando a estrutura das cadeias de suprimentos e prometendo transformar a relação entre empresas e consumidores. Esse conceito une flexibilidade, personalização e produção em larga escala, possibilitando que empresas atendam às demandas de consumidores cada vez mais exigentes sem aumentar significativamente os custos ou o tempo de produção.

Isso se torna viável graças às tecnologias avançadas da Indústria 4.0, que incluem Big Data, Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial (IA), impressão 3D entre outras várias tecnologias. Enquanto a coleta e análise de grandes volumes de dados permitem às empresas compreender as preferências dos consumidores em tempo real e ajustar a produção conforme essas demandas, a IoT conecta máquinas e sistemas, criando fábricas inteligentes que operam de forma mais eficiente e flexível e a IA otimiza processos de produção e logística, reduzindo desperdícios e aumentando a eficiência.

Um exemplo relevante é encontrado na indústria automotiva, onde empresas como a BMW permitem que os clientes escolham diferentes especificações para seus veículos, desde a cor até os detalhes internos. Esses veículos personalizados são então produzidos em linhas de montagem flexíveis, que se ajustam rapidamente para atender às especificações únicas de cada pedido. Esse modelo satisfaz os desejos dos consumidores e mantém os custos de produção baixos e os prazos de entrega curtos, demonstrando a eficácia da customização em massa nesse modelo de negócio.

Entretanto, a customização em massa apresenta desafios significativos. As empresas precisam investir em novas tecnologias e reestruturar seus processos produtivos para alcançar a flexibilidade necessária. Além disso, é crucial integrar sistemas de TI para gerenciar a coleta e análise de dados, bem como a comunicação entre diferentes partes da cadeia de suprimentos. Apesar desses desafios, as oportunidades são vastas. A capacidade de oferecer produtos personalizados pode ser um diferencial competitivo crucial, atraindo consumidores dispostos a pagar mais por produtos que atendam exatamente às suas necessidades e preferências.

Empresas que adotarem esse modelo não só melhorarão sua competitividade, mas também criarão produtos que realmente ressoam com seus consumidores. Ao investir em tecnologias como Big Data, IoT, IA, impressão 3D e robótica colaborativa, as empresas estarão bem posicionadas para se destacar nessa nova era da manufatura. Essa transformação permitirá um novo nível de personalização em massa, enriquecendo tanto a experiência do consumidor quanto a eficiência operacional das empresas.

Manutenção

A manutenção desempenha um papel crucial para garantir a eficiência operacional e a durabilidade dos equipamentos. Ela consiste em um conjunto de ações para  evitar falhas que possam resultar em paralisações não programadas de qualquer equipamento, desde o torno de uma indústria até a geladeira da sua casa. Existem três tipos principais de manutenção: preventiva, preditiva e corretiva.

A manutenção preventiva envolve inspeções periódicas e ações de reparo realizadas antes que as falhas ocorram. Um exemplo prático é a troca regular de filtros de óleo em máquinas industriais e dos aparelhos de ar condicionado em sua casa. Ao substituir os filtros de forma programada, evita-se o acúmulo de impurezas que possam comprometer o desempenho dos equipamentos.

Já a manutenção preditiva utiliza técnicas de monitoramento contínuo para identificar sinais de desgaste ou funcionamento inadequado antes que levem em falhas. Por exemplo, por meio de tecnologias da Indústria 4.0, como a Internet das Coisas, aliada a sensores de vibração instalados em um motor, é possível detectar padrões anômalos que indiquem a necessidade iminente de reparos. Isso possibilita intervenções no momento adequado, evitando paradas não programadas e reduzindo os custos de manutenção.

Por fim, a manutenção corretiva é acionada após a ocorrência de uma falha. Nesse caso, é necessário reparar ou substituir os componentes danificados, o que pode acarretar em custos mais altos e ter interrupções não programadas no funcionamento do equipamento. Um exemplo emblemático de manutenção corretiva é o recall emitido por fabricantes devido a defeitos de fabricação, como ocorreu no caso da montadora de carros americana Tesla por problemas nas luzes de advertência. Nesses casos, os proprietários são orientados a levar seus produtos aos distribuidores, onde os problemas são corrigidos para evitar incidentes graves. Embora um recall não seja uma medida preventiva ou preditiva, seu objetivo principal é mitigar danos adicionais ou incidentes mais graves, corrigindo o problema antes que possa resultar em prejuízos significativos ou risco à vida dos consumidores.

Revoluções Industriais

Você sabe quais foram as quatro revoluções industriais? 

Nesse post iremos comentar sobre cada uma delas e como elas contribuíram para o desenvolvimento da indústria.

A 1ª Revolução Industrial ocorreu na segunda metade do século 18 (1760 – 1840) e se iniciou na Inglaterra. Sua principal contribuição foi a mecanização dos processos através da invenção de máquinas e locomotivas movidas a vapor, com o carvão como principal fonte de energia, capazes de substituir o trabalho humano e, consequentemente, acelerar a produção.

Já a 2ª Revolução Industrial, que ocorreu entre 1850 e 1945, ficou marcada pelo surgimento da linha de montagem, desenvolvimento das indústrias químicas, elétricas e do aço, além do avanço nos meios de transporte e comunicação (como automóveis, telefones e rádios).

Na 3ª Revolução Industrial, ocorrida entre 1950 e 2010, houve uma migração gradual dos equipamentos analógicos para os digitais, além da evolução da eletrônica, das telecomunicações e computadores. Outro passo foi dado na matriz energética com a introdução da energia solar, nuclear e eólica.

Por fim, a 4ª Revolução Industrial (também conhecida como Indústria 4.0) iniciou em 2011 e ainda está acontecendo. É nessa revolução que a indústria, a internet e os sistemas digitais estão se conectando, tornando as fábricas ambientes inteligentes.

Fonte Imagem: Lean Team

Linhas de Pesquisa: Manufatura

Quais as linhas de pesquisa do ProLogIS?

Como comentamos na semana passada, o ProLogIS possui duas principais linhas de pesquisa: a Modelagem e Gestão de Sistemas Logísticos Inteligentes e a Inteligência de Dados em Organizações e Sistemas Produtivos.

Já te explicamos sobre os Sistemas Logísticos Inteligentes, então hoje vamos te apresentar a segunda linha de pesquisa.

Afinal, o que são Sistemas Produtivos?

Um Sistema Produtivo pode ser definido como um conjunto de elementos alocados de forma interligada para a produção de um bem ou serviço. Estes elementos são compostos por trabalho, matéria-prima e instrumentos de produção, dentre outros.

Historicamente, o processo produtivo tem evoluído constantemente, principalmente através das revoluções industriais. A mais recente, e objeto de estudos, é a quarta revolução, mais conhecida como Indústria 4.0. Com ela têm sido desenvolvidas tecnologias, tais como computação em nuvem, big data, robótica, que aprimoram a conexão entre os elementos do sistema, trazendo uma visão mais integrada e eficiente. Nesse contexto surgiu o termo “Inteligência de Dados” que utiliza informações qualificadas para agregar inteligência às tomadas de decisão que comandam a produção de bens e serviços.

Após essa explicação sobre os termos você pode se perguntar, quais os principais tópicos de estudo? No laboratório, essa linha de pesquisa utiliza técnicas computacionais como inteligência artificial, digital twins e machine learning, para a aplicação em sistemas produtivos visando o aprimoramento do processo e o aumento da competitividade das organizações.