Depois de torcer muito pelo Brasil nas Olimpíadas, chegou a vez das Paralimpíadas! Mas você conhece as principais tecnologias que estão por trás do evento?
As Paralimpíadas são um verdadeiro espetáculo de habilidade, determinação e inovação. Um dos aspectos mais fascinantes dessa competição – além do desempenho dos atletas – é o uso de tecnologias avançadas que os ajudam a alcançar seu pleno potencial.
Um bom exemplo é a Blind Cap, uma touca de nado desenvolvida pela Samsung para atletas cegos. Essa tecnologia permite que o técnico acione, via smartphone, um alerta vibratório na touca para avisar ao nadador quando ele está se aproximando da borda da piscina. Essa inovação ajudou o brasileiro Wendell Belarmino a conquistar a medalha de ouro nos 50 metros livre.
Outro avanço significativo veio da BMW, com a criação de uma cadeira de rodas de corrida de última geração. Feita de fibra de carbono, essa cadeira é considerada o “santo graal” para atletas das modalidades de 400 e 600 metros do atletismo. Destacada pela sua aerodinâmica avançada, permite que os atletas alcancem velocidades superiores a 30 km/h. Além disso, o uso de luvas feitas sob medida com impressão 3D para empurrar as cadeiras demonstra o nível de personalização e tecnologia envolvida. A cadeira de rodas de corrida se tornou famosa nos Jogos do Rio de 2016, quando a americana Tatyana McFadden a utilizou em sua conquista da medalha de ouro.
As cadeiras de rodas também têm aplicações específicas em esportes de contato como basquete e rúgbi. Projetadas para facilitar manobras, elas possuem rodas curvadas entre 10 e 20 graus e são feitas de materiais resistentes como alumínio ou titânio. No rúgbi, as cadeiras são especialmente reforçadas para resistir a colisões e equipadas com características únicas para ataque e defesa.
Além disso, as próteses de fibra de carbono continuam a revolucionar o mundo paralímpico. Atletas como o sul-africano Oscar Pistorius e o alemão Markus Rehm demonstraram que essas próteses não apenas compensam a deficiência física, mas também podem proporcionar um desempenho sobre-humano. Pistorius, por exemplo, foi o primeiro a competir em alto nível usando lâminas de fibra de carbono, que aumentaram sua eficiência ao correr. Rehm, por sua vez, alcançou resultados no salto em distância que o tornariam medalhista até mesmo em competições olímpicas
Essas inovações são mais do que ferramentas; elas são facilitadoras de inclusão, igualdade e superação de barreiras. E, além das competições, muitas dessas tecnologias são adaptadas para melhorar a vida de pessoas com deficiência no cotidiano, contribuindo para um mundo mais inclusivo e acessível para todos. As Paralimpíadas não são apenas uma celebração de esportes, mas também um campo de prova para tecnologias que têm o poder de transformar vidas muito além das pistas, campos e piscinas.