Economias de escala e escopo são favorecidas por sistemas de produção distribuídos. Esse tipo de arranjo produtivo impõe desafios decorrentes do número de atores e contextos envolvidos. A digitalização da produção e das operações, viabilizada pela aplicação dos conceitos, tecnologias e métodos da Indústria 4.0, pode aprimorar a estruturação e o acompanhamento, baseado em dados, das redes de manufatura, o que contribui para melhorar sua eficiência, efetividade e escalabilidade. Não obstante a crescente disponibilidade de dados e a integração de modelos virtuais ao planejamento e controle de processos físicos (sistemas ciberfísicos), lidar com a solução de problemas em ambientes de incerteza e que requerem flexibilidade, exige uma visão sistêmica e centrada no tomador de decisão.
O planejamento e controle são beneficiários centrais da atual revolução industrial proporcionada pela maturação de desenvolvimentos tecnológicos recentes. A Indústria 4.0, a produção e as operações digitais, e sua ampla gama de conceitos e tecnologias podem contribuir para a tomada de decisão baseada em evidências, capaz de operar com eficiência e flexibilidade. Ao considerar informações em tempo real sobre o estado do sistema, reduzir o horizonte temporal e acelerar os ciclos de tomada de decisão, os processos de planejamento e controle convergem, melhorando sua capacidade de resposta.
A evolução tecnológica cria novas possibilidades para lidar com os desafios da estruturação e gestão de redes de produção distribuídas, contribuindo para sua eficiência operacional e consequente competitividade. No contexto da digitalização atual e futura, se destaca a necessidade de uma visão integrada e convergente, identificando os métodos mais apropriados para apoiar decisões, e os direcionadores tecnológicos com maior impacto.